De 21 a 30 de julho, o Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto (FIT Rio Preto 2022) retorna à cena cultural com uma programação pulsante e pautada por temas em diálogo com as questões da atualidade. Um dos mais importantes espaços de difusão e reflexão das artes cênicas no País, o festival contemplará 31 obras, sendo cinco internacionais, de gêneros e estéticas diversas, que irão ocupar 20 locais da cidade, entre palcos, ruas e espaços alternativos, totalizando 65 apresentações em 10 dias.

Realizado pela Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto e pelo Sesc São Paulo, o FIT Rio Preto chega, em 2022, aos 53 anos de história e 20 anos de edição internacional, retornando à ativa após uma lacuna de dois anos sem edições por conta da pandemia da covid-19. O festival volta à cena com o propósito de marcar a retomada dos grandes eventos culturais, demonstrando a importância da arte e cultura especialmente em tempos difíceis, como de uma crise sanitária e humanitária.

Permeando a temática LGBTQIAP+, a programação conta com 3 Maneiras De Tocar No Assunto (Fulminante Produções | Rio de Janeiro/RJ) que aborda a questão da homofobia na sociedade moderna através de três solos curtos; e Manifesto Transpofágico (Renata Carvalho | São Paulo/SP), onde é questionado como as pessoas enxergam o corpo travesti.

O festival ainda conta com dois encontros na programação de ações formativas que irão explorar mais camadas sobre o tema. Homoafetividade: O Amor Fugindo Dos Parâmetros reúne os artistas Fabiano Dadado de Freitas (RJ), Flip Couto (SP) e Ronaldo Serruya (SP) para refletir acerca de possíveis formas assumidas pelo amor contemporâneo, tendo como provocador o espetáculo Três maneiras de tocar no assunto.

Dodi Leal (SP), Glamour Garcia (SP), Leona Jhovs (SP) estarão no encontro Trans e Travestis: Processos Criativos e Formas Estéticas Contemporâneas. A conversa terá como foco as produções cênicas que contam com o protagonismo e presença de pessoas trans e travestis.

A atriz trans Christina Martins, de São José do Rio Preto, está em dois espetáculos do módulo Cena Rio Preto. Na montagem Vereda da Salvação (Cia. Beradeiro), ela interpreta um personagem masculino e na montagem Virado à Paulista (Cênica), dá vida a um personagem feminino. Isso reforça a necessidade de participação de pessoas trans no meio artístico sem necessariamente estarem inseridas em trabalhos que tratem o tema.