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1989
Companhia
GÊNERO
CATEGORIA
CLASSIFICAÇÃO
DURAÇÃO
FICHA TÉCNICA
Direção e Dramaturgia: Julio Cesar Mello
Intérpretes criadores: Bruna Moscatelli, Eliane Ribeiro, Hércules Soares, Julio Cesar Mello
Cenografia: Jaime Pinheiro
Figurino: Felipe Cruz
Maquiagem: Samuel Alix
Iluminação: Maurício Matos Caetano
Gramática gestual: Thiago Alixandre
Produção: Bruna Moscatelli
Fotografia: Bruno Ducatti
Cenotecnia: Alexandre Malhone
Operação de som e luz: Maurício Matos Caetano
Agradecimentos: Andressa Moreira, Prefeitura Municipal de Votorantim, Tatu - Escola de Teatro, Conservatório de Tatuí
Em 2010, o cineasta Eduardo Coutinho fez um filme-colagem somente com imagens televisionados no dia 1º de outubro de 2009, intitulado Um dia na vida. Uma espécie de ensaio revelador do precário conteúdo comunicável na sociedade brasileira de então. Anos depois, em 2018, o multiartista Nuno Ramos concebeu a performance A gente se vê por aqui, na qual dois atores com fones de ouvido reproduzem o áudio de 24 horas de programação de uma emissora ao vivo em um teatro.
1989 inscreve-se nessa breve tradição de re-encenação da “fortuna” televisiva brasileira, para lançar um olhar crítico às imagens socialmente compartilhadas na construção de uma narrativa de país. Aqui, os atores do Coletivo Cê ocupam seus lugares em um sofá de uma casa de trabalhadores que resgata em detalhes a estética do fim da década de 1980, diante de uma pequena TV que transmite a programação da época.
É o momento da abertura política pós-ditadura, campanha eleitoral para as primeiras eleições presidenciais democráticas em décadas, disputadas por Lula e Collor, mas também, até certo ponto, por Silvio Santos. Impressiona como é possível encontrar ali, um quarto de século atrás, os ovos de serpente que eclodiriam nos últimos anos, quando o zapear da TV cedeu ao rolar do feed das redes sociais. Por essa dramaturgia que se compõe de trechos em áudio de materiais televisionados naquele ano, veicula-se uma lógica da circulação das informações e do debate político que, longe de mostrar-se anacrônica, permite uma compreensão mais funda do estado atual das coisas. Feitos marionetes, apassivadora bem ao estilo “sociedade de massa” oitentista, os atores-telespectadores oferecem-se ao público como um avesso do espelho do que a peça convida a mobilizar em cada um que a testemunha.
26 de julho, sexta-feira,
19h
Teatro Municipal Nelson Castro
R$ 20 (inteira) | R$ 10 (meia-entrada)
Disponível Bilheteria
Os ingressos online estarão disponíveis no dia 4/07, quinta-feira, a partir das 17h, pelo site fitriopreto.com.br, pelo app Credencial Sesc SP ou pela Central de Relacionamento Digital.
27 de julho, sábado,
19h
Teatro Municipal Nelson Castro
R$ 20 (inteira) | R$ 10 (meia-entrada)
Disponível Bilheteria
Os ingressos online estarão disponíveis no dia 4/07, quinta-feira, a partir das 17h, pelo site fitriopreto.com.br, pelo app Credencial Sesc SP ou pela Central de Relacionamento Digital.